Quando o monstro tem seu DNA

Tem um pedófilo na sua família?



Esta é uma história baseada em fatos reais.

A narrativa de um monstro e o frango caipira.

É sobre ter um pedófilo na própria família.

Não se trata de traumas causados por um pedófilo ao destruir a inocência de uma criança. O foco da narrativa é como age esse tipo de abusador.

Mas o que tem a ver um pedófilo com um frango caipira?

São surpreendentes as artimanhas que um monstro pode usar para conseguir se aproveitar uma criança inocente. Vai lendo...

Josué era um rapaz de hábitos simples, de pouca instrução estudantil. Filho de um casal humilde que cuidava de um sítio no interior de Minas Gerais.

O irmão mais prestativo. O tio mais amável e carismático que adorava brincar com a garotada. E um craque no fogão. Preparava um frango caipira como ninguém.

Ele era “maravilhoso” aos olhos dos adultos da família. O filho, o irmão, o tio que todos querem ter!

Trabalhador assíduo, atuava como vigilante. Sua função era proteger. Pro-te-ger!

Porém, não passava de um desgraçado. Asqueroso. Nojento.

Certa vez, Josué precisou passar uns dias na casa de seu irmão mais velho para cuidar dos seus sobrinhos. Eles moravam em outra cidade e o tio se prontificou a viajar para encontrar-se com as crianças.

Foi quando iniciou o abuso de uma das meninas. 

Na ausência do pai e da mãe das crianças, o tio “perfeito” se aproveitava da inocência de Irene que na época estava com 5 anos.

Dizia com aquela voz mais doce:

- Vem no colo do tio.

- Vem aqui! Deixa o tio te fazer um carinho.

E a criancinha ia. Não tinha noção da maldade. 

Ia porque acreditava que receberia um colo, um carinho.

Mas não.

Disfarçadamente esse verme em forma de ser humano pegava-a no colo e começa a acariciar suas partes íntimas. Apalpava o seu bumbum, tocava a sua vagina.

As outras crianças não percebiam. Não tinham noção de que isso pudesse estar acontecendo com sua irmãzinha.

Irene era forçada a pegar na virilha do imundo. Josué prendia a mão da criança junto ao seu pênis.

A menina começava a chorar. Era a sua única defesa. Só assim para esse detestável largar a ingênua.

Os pais, fora de casa, de nada sabiam. Não suspeitavam de nada.

No dia seguinte era a mesma coisa. O imundo mentia dizendo que não faria nada demais, além de carinho. A inocente sempre acreditava que seria acolhida carinhosamente pelo tio. Mas não.

O único objetivo de Josué era mesmo boliná-la.

Aquele tio que cozinhava bem, que tinha paciência com a molecada...

Anabela, filha de uma das irmãs de Josué, também sofrera nas mãos podres desse tio pedófilo.

Anabela, aos fins de semana, passeava no sítio que seus avós trabalhavam. Josué também se fazia presente. À época, a pequenina tinha apenas 6 anos.

Josué, o fingido, após cozinhar um delicioso frango caipira, se oferecia para passear a cavalo com a Anabela. A mãe da menina autorizava. Não poderia ser diferente, pois se tratava do tio querido por todos.

Pronto! O ambiente perfeito para o espertalhão se aproveitar de mais uma sobrinha.

Ao montarem no mesmo cavalo, Josué colocava Anabela na frente. O nojento ia atrás.

E aquele passeio era traumático para a pequena. Josué ficava à vontade para bolinar a garota.

No próximo final semana era a mesma coisa. Anabela chorava que não queria ir no passeio, mas sua mãe insistia para a menininha subir no cavalo com o padrinho. Pa-dri-nho!!

Foram vários sábados e domingos assim.

Até que Anabela cresceu um pouco mais e contou para sua mãe o que acontecia. A mãe dela, indignada, queria morrer de tristeza. Sentia-se culpada. O pai de Anabela, cunhado de Josué, queria matá-lo.

Deveria ter feito. Deveria ter exterminado esse escroto.

Mas o caso foi abafado. É sempre assim. Todos fingiam que nada acontecia.

Presa ao trauma gerado, pelo menos Anabela estava livre de novas apalpadas de Josué.

A saga de Irene durou mais tempo. Todas as férias, quando visitam os avós e tios paternos, ela tinha que enfrentar a presença asquerosa de Josué.

A menina tinha medo de conversar com o pai sistemático. Não tinha intimidade com a mãe. Nunca contou a eles. Nem a ninguém da família.

Só quando adolescente percebeu o que acontecia de fato e começou a se proteger. A fugir do colinho do titio lobo mau.

Dos 5 aos 14 anos. Tempo suficiente para traumatiza-la pelo resto da vida.

Pedofilia não é só o ato sexual sem consentimento em menores de idade.

Bolinar crianças também é. Também é traumático!

Irene, hoje com mais de 50 anos, ainda tem pesadelos com este assunto. Já fez diversas sessões de terapia. O trauma nunca foi superado. Apenas se aprende a viver com ele.

Poucas são as pessoas que sabem da história de Irene e Anabela.

Muitos parentes nunca souberam das investidas daquele tio “maravilhoso”, que cozinhava bem, que fazia um frango caipira inesquecível, que adorava cuidar das crianças.

É bem verdade que esse monstro fez a mesma coisa com outras meninas da família. Um pedófilo não tem limites. Só encontra oportunidades e nunca deixa de aproveitá-las.

Os pais precisam aprender a conversar com seus filhos. A orientar quanto aos perigos que os próprios parentes podem oferecer.

É tão difícil aceitar este fato.

Todavia, o perigo pode sim estar com as pessoas que têm o mesmo sangue que você.

Um carinho, um colinho, um passeio... o pedófilo sempre procura ficar sozinho com a criança.

No caso deste texto baseado em história real foi com meninas. Entretanto, independe do gênero.

Irene, Anabela e algumas outras primas ficaram traumatizadas pela vida toda.

E o tio pedófilo?

Continua fazendo um delicioso frango caipira.

E a família continua abafando o caso.







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