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Foca No Conto - O Seu Blog Motivacional

 

Até quando vai a dedicação de um fã ao seu ídolo? Há limites? Vale todo sacrifício para tê-lo por perto?
Beyoncé, Lady Gaga, Rihanna, por exemplo, podem ser consideradas as maiores divas pops do mundo atual. Ter a oportunidade de passar uma tarde com uma delas seria o auge da idolatria.
Quantas pessoas não cumpririam um absurdo de exigências para ter a oportunidade de tomar um café da manhã com a celebridade que admira?
Para muitos, assistir um show ou uma peça de teatro já é o suficiente. Mas para outros, estar perto de um ícone não tem preço.
Se você acha que o fascínio por alguém é só no mundo do show business está redondamente enganado.
Atletas, cientistas, escritores e, atualmente, os chamados influenciadores também possuem seus fãs capazes de executar muitas facetas para estar perto dos seus admirados.
Cada estilo de famoso define seu público.
Porém, cada pessoa define o seu grau de devoção.
E é deste grau de envolvimento que quero lhes falar.
Tenhamos cuidado com isso.
Recentemente um ator famoso, acusado de pedofilia, foi preso em flagrante pela polícia. Virou réu e deverá se defender por armazenar pornografia infantil e por manter relações sexuais com uma criança.
Na frente dos pais do menino, dava presentes a ele e dicas sobre teatro. Mostrava-se um senhor muito bonzinho e caridoso. Conquistou a confiança da família para depois atacar o garoto.
Já um bonitão das telenovelas, anos atrás, foi acusado de assédio moral e sexual por uma colega de trabalho. Em seguida, um outro famoso humorista foi denunciado por uma parceira. E depois por outra, e outra, e outra.
Em todos esses casos ficou nítido que alguém deixou de lado a simpatia pelos ídolos e decidiu por trazer a verdade à tona.
Nem citarei os exemplos negativos que envolvem drogas ilícitas. Quem se envolve com drogas porque segue seu ídolo precisa é de ajuda. E rápido!
Enfim, curtir o trabalho de alguém é saudável, pode servir de inspiração. Entretanto, a entrega total de seu fascínio por outra pessoa pode não resultar em uma decisão sábia.
Precisa-se de limites para a idolatria. Para estar perto de uma celebridade, há de se raciocinar e manter o bom senso.
Caso contrário, a fama sobreporá a lógica.
E será altíssimo o preço a ser pago.
Você duvida disso?


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Em pleno século XXI, ano 2022, e as pessoas ainda têm dificuldade em falar a palavra suicídio e conversar sobre o assunto. Que triste!

O tema sempre vem à tona no setembro amarelo, mês marcado pela prevenção ao suicídio.

O melhor remédio para prevenir o suicídio ainda é o diálogo. Mas que diálogo?

Já vi duas pessoas tentarem tirar a própria vida. Uma tomou um caixa de remédios fortes misturados com uísque e deixou uma linda carta de despedida. Queria ir para um outro mundo mais tranquilo, onde pudesse ser feliz. Foi socorrida a tempo. Fez tratamento médico e hoje encontra-se bem, acredito eu.

A outra cortou os pulsos. Aquela cena do sangue jorrando não me sai da cabeça. Na hora do desespero é tão difícil estancar. Tentou tirar a vida mais de uma vez. Também foi socorrida, mas precisou ser internada. Fez um longo tratamento psiquiátrico e hoje em dia afirma que jamais voltará a um lugar como aquele em que esteve um mês confinada. Nunca mais teve recaída e nos dias de hoje vive bem.

Em ambos os casos, ajudei a socorrer. E se essas duas pessoas fizeram isso apenas para chamar atenção, eu não sei. Não sei e nem sequer acredito que tenha sido isso.

Só sei que os especialistas no assunto, coisa que não sou, dizem que a pessoa que tenta o suicídio quer matar o sofrimento e não a vida.

É essa vertente que acredito. A pessoa sofre. Sofre uma angústia calada. Sofre tanto que chega ao ponto de partir para o extremo e cometer o ato de desespero tentando tirar a própria vida. Faz por ânsia, e não somente para chamar a atenção. Pelo menos é nisso que creio.

Depois de ver a tristeza profunda dessas duas criaturas, fiquei imaginando como eu não pude enxergar o sofrimento alheio a ponto de auxiliar a evitar tudo. Por um bom período, carreguei comigo um sentimento gigantesco de inutilidade. Precisei trabalhar isso na minha mente. Superar essa culpa que eu não tinha. Entender que eu não era responsável pelo bem-estar de outros indivíduos. Apenas pelo meu.

A maior comprovação de maturidade que podemos desenvolver é entender que a felicidade é responsabilidade de cada um, que cada ser humano é responsável pela sua. Ninguém mais. Então, nem eu nem essas duas pessoas no auge dos seus desesperos poderíamos ou deveríamos colocar esse peso em cima de outrem. É egoísta, é duro, é cruel, é forte concluir isso. Mas é a única verdade.

Porém, existe uma maneira simples de ajudar quem precisa. É estar atento aos sinais. Isso está ao alcance de qualquer um.

Frases como: “Quero sumir deste mundo!”, “Estou cansado de tudo.”, “Não tenho vontade de fazer mais nada.”, “Eu não posso fazer nada mais.”, “Os outros são mais felizes sem mim.”, “Eu preferia estar morto.”, “Eu sou um peso para os outros.”, “Vou deixar vocês em paz.” Enfim... Tantas outras frases podem nos chamar a atenção para o desespero de uma pessoa. Precisamos ficar atentos e procurar ajudar o quanto antes.

Por outro lado, quando já no momento fundamental de ajuda, há frases que só pioram a situação como, por exemplo: “A sua vida é melhor que a de muita gente.”, “Pense positivo.”, “Você tem que confiar em Deus.”, “Mas por que você está pensando em se matar?”, “Eu também já pensei em suicídio, mas eu sou uma pessoa forte e consegui superar isso.”, “Quem pensa em suicídio tem a mente fraca”, “Você vai se matar por causa dele(a)? Não vale à pena.”, “Eu conheço muita gente que já pensou em suicídio, mas não faz nada.”

No auge da crise, procure apenas escutar, dar ouvidos. Esse é o melhor remédio. Sem prejulgamentos. Sem opiniões com superioridade de pensamentos. Apenas ouça, abrace, faça um carinho. Não deixe essa pessoa sozinha. Faça-se presente. Apenas um minuto salva uma vida.

Quanto tudo estiver mais calmo, então será o momento de procurar ajuda de especialistas da área de saúde mental. Se precisar, acompanhe a pessoa até os médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas.

Perceba que até aqui não citei Deus. Tenho uma fé imensa por Deus. Ele se faz presente na minha vida a todo momento. Acredito que Ele é minha fortaleza, meu alicerce.

Embora eu creio no poder inabalável do Pai, sou da vertente que acredita que não é falta de Deus que leva as pessoas a atitude radical de partir para o tirar a própria vida. Se fosse falta de Deus, padres, pastores, religiosos não estariam entre as estatísticas. Mas, estão.

Então, sigo meu caminho tentando não julgar a atitude das pessoas quando o assunto é suicídio. A verdade só elas sabem, só a elas cabe superar.

Permaneço na torcida para que esse assunto seja mais difundido, mais trabalhado, menos abafado.

Que venham mais diálogos para orientar a todos sobre o suicídio antes de as pessoas alcançarem o desespero extremo.

 

Fontes:

https://www.onvita.com.br/noticia/Frases-de-Alerta-Prevencao-ao-Suicidio

https://emais.estadao.com.br/noticias/bem-estar,setembro-amarelo-o-que-nao-dizer-para-uma-pessoa-que-pensa-em-suicidio,70002994629
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Benedito, ajudante de pedreiro, pessoa de pouca cultura, porém de fino trato.

Fino mesmo era seu corpo. Daqueles miudinhos. Um sujeito franzino. E aquela pele negra de fazer inveja a qualquer branquelo.

Mas o seu sorriso humilde estava sempre estampado no rosto.

Dito, assim era chamado carinhosamente por amigos e familiares.

O rapaz de origem nada abastada curtia uma "branquinha", ou melhor, caninha. Às vezes passava dos limites. Ou melhor, muitas das vezes. Ficava embriagado sem controle. Trabalhava muito, mas nas horas vagas bebia demais.

O álcool tira o apetite da pessoa e esses era um dos motivos que Dito apresentava-se entre pele e osso. Comia muito pouco. Numa panelinha pititinha. Era sua marca registrada aquela cumbuquinha.

E por falar em branquinha, foi uma moça bem alva, mas bem branquela mesmo que conquistou o coração desse pedreiro trabalhador. Uma professora do grupo escolar. Olhos verdes, cabelo castanho, a educadora rendeu-se ao sorriso encantador e à prestatividade do rapaz.

Espera aí... Uma professora com um pedreiro? Uma branca com um negro? E dá certo isso?

Logicamente, de início, Dito não foi aceito pela família da moça. Não por sua condição social. Mas pela cor de sua pele. O preconceito foi forte.

Dito e a professora foram muito pacientes e perseverantes. Geraram uma filha e estavam decididos a cria-la juntos.

Dito teve inteligência emocional para superar caras feias e aos poucos conquistar a todos os parentes da esposa.

A professora teve gigantesca complacência para suportar as bebedeiras do marido.

Ah... Contudo não vou mentir. Às vezes, ela dava altos ataques histéricos ao ver seu companheiro totalmente embriagado. Que mulher aguenta isso, não é mesmo?!

O tempo passou... O casal permaneceu unido. Sua filha cresceu, casou, deu-lhe uma neta linda.

Embora tudo estivesse nos eixos, Deus preparou a Dito um grande desafio.

E veio uma carga que Dito não esperava carregar. Aliás, sequer pudesse imaginar um dia.

Seu sogro, pai da professora, adoeceu. Não reconhecia mais as pessoas e tinha dificuldade de pegar os talheres. Aquele mesmo homem que tempos passados foi bastante desagradável com Dito, pois era somente mais um racista neste mundo injusto e cheio de ignorância.

Dito, grandioso no coração, acolheu seu sogro e cuidou do velho até sua morte. Dava-lhe banho, comida na boca, colocava-o para deitar, levantar. Enfim, o pedreiro negro magricela prestou de todos os detalhes que um senhor no fim da vida precisa.

Não quis saber do dito pelo não dito. Evitou as inconclusões, o disse me disse, e definiu a melhor forma de agir na situação.

Não tinha obrigação alguma, mas juntamente com sua esposa cuidou de seu sogro como se fosse seu pai.

Que o mundo dá muitas voltas e que Deus prepara todo o nosso destino Dito sabia.

Só não compreendia porque toda sua atitude perante o senhorzinho, pai de sua esposa, avô de sua filha, gerava tanta comoção em boa parte da família.

Só não entendia porque passou a ser visto com outros olhos por alguns familiares da professora.

Mas eu já explico o motivo.

E a verdade é cruel.

Os filhos homens, irmãos da professora, que a vida inteira não saíram da aba do sofrido pai, não quiseram cuidar do idoso. Sempre aquela desculpa de que não tinham tempo, de que não tinham paciência, de que não tinham jeito, de que não tinham dinheiro.

Dois bostas, que jamais chegaram aos pés do humilde Dito.

Dito virou o herói da família porque fez o que pessoas de bom coração fazem.

Do contrário, há gente que jamais entenderá isso. Não tem amor ao próximo.

Dito segue sua vida na simplicidade que Deus lhe deu. Com o sorriso mais generoso que se possa ter, que se possa distribuir.

O rapaz de fino trato, agora idoso, espera o tempo ordenar que ele seja bem cuidado assim como outrora cuidou de outrem.

E há de ser. Ele merece. E Deus sabe disso.



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Nascer, viver e morrer. Eis o ciclo da vida.

A cada fase dessas etapas, para quem acredita em Deus, tem o tempo Dele.

Embora de família humilde, foi criada com muita fartura. Judith foi a primeira filha mulher de um casal formado por um marceneiro e por uma dona de casa, imigrantes de portugueses e italianos.

Pele alva, olhos azuis, sempre prestativa com todos.

Quando mocinha aprendeu o ofício da costura. Produzia belos vestidos para si, para suas duas outras irmãs e suas clientes sendo elas suas primas e amigas.

Saiu da casa dos pais por intermédio do casamento. Teve quatro filhos com seu esposo, um professor do grupo escolar. Foi quando conheceu a sobrecarga de acumular trabalho de dona de casa, mãe de quatro crianças e costureira. Era um sufoco.

Mas Deus, que cuida do ciclo da vida de cada um, enviou a Judith um desafio. Queria a prova de até quando iria sua força física e mental.

Após vinte anos de união conjugal, veio a separação. Um baque que a levou a uma profunda depressão. Despedir-se desta vida nessa condição tão sofrida ainda não era o seu destino escolhido por Deus. Deixar para trás essa doença maldita é para pessoas fortes. Judith provou-se uma fortaleza.

Porém, é importante não esconder a poeira para baixo do tapete. Foram anos de remédios controlados fortíssimos e acompanhamento médico especializado. Quem tem depressão precisa aceitar ajuda. E a vitória vem! Veio para Judith!

O tempo passou, os filhos tornaram-se adultos e deram-lhe netos e netas. Uma delas vovó Judith ajudou a criar. Ainda era uma jovem senhora. Tinha muita disposição.

Todavia, com o avanço da idade os joelhos já não conseguiam mais ter forças para pedalar a máquina de costura. Teve que abandonar seu ofício.

Seu ex-marido faleceu. Era o fim definitivo de uma história com o pai dos seus filhos. Ficou triste, é lógico. Não tem coração de aço.

A velhice chegou. Com ela veio o ganho excessivo de peso, a artrose, a catarata, a pré-diabetes, a pressão alta, e demais doenças típicas dos idosos. O corpo padecia.

Contudo, até então, seus maiores obstáculos ainda estavam por vir...

Deus apresentou a Judith um novo desafio. Na verdade, um susto. Daqueles que passa um filme sobre o que foi a sua existência. Um cansaço e uma falta de ar gigantescos. E veio a embolia pulmonar.

Judith foi socorrida a tempo por sua filha caçula e pela neta que ajudou a criar. Três gerações unidas pela vida. Pela vida de Judith.

Foi internada às pressas, tomou oxigênio, fez fisioterapia para fortalecer os pulmões. A vida de Judith mais uma vez estava a salvo. O Altíssimo mandou avisar que seu ciclo de existência ainda estava no prazo de validade.

Nesse momento Judith demonstrava estar apta a enfrentar qualquer outra adversidade. Então Deus deu-lhe uma provação mais pesada e sinalizou. O Pai quis saber se a vovó venceria um câncer.

Economizando palavras para contar esta fase da história, Judith teve parte de sua mama esquerda extraída.

Não pense você que só porque a mulher está idosa que ela não tem vaidade. Judith sempre foi vaidosa. A retirada de parte da sua mama a incomodou bastante. Para ajudar a superar isso, fazia até piadas. Apelidou o seio apequenado de "maminha". Só que olhar para aquele pedaço que restou não era fácil.

Entretanto, mais difíceis ainda foram as sessões de radioterapia e, pelo resto da vida, há de tomar os comprimidos equivalentes a quimioterapia.

Tinha uma certeza: iria exterminar esse mal. E assim o fez.

Os 80 anos chegaram. Seus filhos preparavam-lhe uma bela festa de aniversário. Os convites já haviam sido entregues. A alegria contagiava a todos com a possibilidade de rever essa bonita senhorinha dos olhos azuis.

Mas a comemoração ficou para depois. Não se sabe quando. Um outro dia talvez. Um outro ano, uma outra idade.

O mundo foi aterrorizado pela pandemia do corona vírus e milhares de pessoas faleceram da nova doença covid-19. Um horror!

O medo de acontecer o mesmo com Judith era gigantesco, afinal mal saíra de um tratamento de câncer e agora essa tragédia interplanetária.

Porém, seguindo as instruções de sua filha e de sua neta, ela se cuidou, se isolou, ficou quietinha em casa até que vacinas fossem desenvolvidas e aplicadas na população.

Tomou três doses, conforme recomendação das autoridades públicas.

E assim, voltou a saracotear por aí. Agora é só alegria!

Quer fazer um cruzeiro marítimo, conhecer a Itália, ir no sul do Brasil. Deseja conhecer lugares bonitos.

Quer frequentar bons restaurantes, comer comida requintada, tomar um bom vinho. Se deixar, vai numa pizzaria todos os dias.

Quer estar junto aos filhos, mimar os netos.

Seu raciocínio ainda está jovem. 

Judith quer viver!

Quer estender o ciclo da vida.

E enquanto Deus assim a permitir, que a vovozinha viva intensamente!

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Resto. Palavra feia, muitas vezes com um significado triste que lembra desperdício, destroços, rejeição. Mas tem quem use a expressão de forma chique: excesso, remanescente, resíduo. 

Bobagem. Sem firulas, resto é o saldo do que ficou para trás.

Eh... Amália, doce menina mulher, de personalidade forte, mas humilde nas atitudes que dizem respeito a “resto”.

O “resto”! Tão marginalizado, tão injustiçado. Desperdiçado na maioria das vezes. Enojado por muitos. Reciclado por poucos.

E você pode pensar que Amália, amante de reaproveitar restos fazia isso pela causa de proteção ao meio ambiente.

Engano seu. Assim como muitas pessoas, o aproveitamento dos restos de Amália era somente para seu prazer. E eu posso provar.

Sabe aquela sobra de esmalte que ficou no vidrinho?

Amália adorava misturar os restos de esmaltes. Achava-se alquimista, pois uma nova cor surgia. Passava nas unhas e saía como se fosse a mulher mais exclusiva da face da Terra.

Sabe aquele pedaço de pizza que sobrou da noite anterior?

Amália adorava comer pizza amanhecida. Sequer a esquentava no micro-ondas. Saboreava aquele último pedaço como se estive fazendo seu desjejum num café bar em Paris comendo um saboroso croissant.

Sabe aquele pedaço de bolo de aniversário e aquela meia dúzia de salgadinhos que se leva para casa depois de uma festinha? Ah... o brasileiro só é feliz se levar um pratinho para casa.

Amália não era diferente. Adorava fazer sua matula para levar para casa. Um generoso pedaço de bolo, uns salgadinhos e, claro, alguns docinhos. O café da manhã do dia seguinte já estava garantido. Tipo de prazer que Amália fazia questão de viver.

Adorava ganhar roupas usadas. Aquelas que as irmãs ou amigas acumulavam em seus guarda-roupas. Compunha novos visuais com as peças. Vestia-se impecavelmente. Sentia-se bela.

Nem preciso dizer que Amália não perdia tempo em ouvir a opinião dos outros quanto a comer comida amanhecida, ficar aproveitando restinhos de esmaltes ou usar roupas fora de moda.

É lógico que indiretamente Amália contribuía com o meio ambiente ao evitar desperdícios tanto de esmalte como de alimentos e roupas.

Porém, há um outro motivo ainda mais grandioso para justificar o reaproveitamento desses restos de Amália. Motivo majestoso para Amália, deixo bem claro.

Sentia-se única ao passar uma cor gerada pela mistura dos esmaltes. 

Ao combinar peças de roupas já fora da estação achava-se descolada. Sentia-se desafiada a vestir-se bem com modelos, tecidos e tons da estação anterior.

Transportava-se mentalmente para Paris e encontrava-se confortável com aquela imaginação que o pedaço de pizza amanhecido trazia... Que luxo!

E apresentava-se a um prazer ímpar ao saborear as sobras da festa no café da manhã. Quem nunca?!

O resultado?

Autoestima lá no topo.

Os restos de Amália a satisfaziam tanto a ponto de aumentar sua autoconfiança, pois antes de tudo curtia muito sua própria presença. Companhia essa, muitas vezes menosprezada pelos outros.

Essa é a importância de se autoconhecer e saber o que lhe faz bem.

Ao buscar prazer em atitudes simples na vida, sua força interior tornara-se inabalável. 

Amália, a doce menina mulher, sabia fazer do limão uma limonada.

E sim. 

Logicamente, há restos e restos. 

Cabe a cada um saber aproveitá-los. Ou não.

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A alegria da tia da roupa estampada


Na sua família também tem alguma tia que é pura felicidade?

Alina era a tia mais alegre que se podia ter. Iluminava o ambiente que estava.

Uma bailadeira. Gostava mesmo era de dançar um forró. Ensinou o ritmo a vários sobrinhos e sobrinhas.

Tomava conta de um salão. Dançava com todo tipo de gente. Crianças, moças, rapazes, idosos, idosas. Não se com importava quem era o par. Só queria remexer o esqueleto.

Diversão era seu maior objetivo. Transbordava felicidade e, graças a Deus, contaminava as pessoas a sua volta.

Não havia festa de Natal triste quando se tinha a tia Alina para bailar com a parentada toda. Era um contentamento tê-la na ceia. Ninguém ficava parado.

Tinha fama de fuxiqueira, mas que nada.

Alina sabia bem era puxar um assunto. Agora, se a pessoa quisesse estender a conversa, aí a tia dançarina aproveitava para especular um pouquinho...

Já que segredo não se deve contar a ninguém, se alguém contasse um fato para Alina então já não era mais segredo, correto?

Sua piscadinha de rabo de olho era sinal de que conseguiu a informação que queria. A titia só repassava os dados fornecidos. Sabia manipular bem um diálogo.

Sua casa, com vários quartos espaçosos e aconchegantes, sempre foi refúgio para os sobrinhos que moravam em outra cidade. Dormir na casa da tia Alina era sempre uma festa.

Gostava de receber visitas com café quentinho e aquele bolo de fubá feito na hora. Hum que delícia!

Macarronada era sua especialidade. Fazia aquele espaguete de espessura grossa com um molho à bolonhesa inesquecível. Não precisava de mais nada para o almoço.

Adorava agitar um piquenique, mesmo quando chegava em lugares impróprios que seu marido escolhia, como na praia embaixo de uma placa de “proibido fazer churrasco” e a carne já assando na brasa. 

Só queria se divertir. Sua alegria era contagiante.

As estampas da alegria

Contudo, a presença de Alina tinha uma marca singular: o traje estampado!

A tia mais alegre de espírito era a mais florida na vestimenta.

Era um modelito mais vistoso que o outro.

E, muitas das vezes, a blusa com uma estampa diferente das cores da saia. Um show de imagens descombinantes!

Tinha também xadrez embaixo, florido em cima. Oncinha na camisa, bolas na calça. Sem problemas. O que importava era se a roupa estava confortável.

A maquiagem também era marcante. Batom vermelho não podia faltar. Lápis no olho destacava seus olhos verdes.

Alina? Nem ligava para as críticas. Sentia-se linda e assim ia para todo lado. Todos os dias. Era sua marca registrada!

As lições da tia Alina

Por trás daquela mulher alegre, iluminada e colorida estava uma tia guerreira que com sua simplicidade ensinou aos seus sobrinhos lições importantes para a vida toda.

A primeira e mais importante é que o amor incondicional de uma mãe pode ser extraído de fora do útero, vindo de dentro do coração.

Assim que teve a oportunidade a tia Alina dividiu a atenção e o amor que tanto distribuía aos sobrinhos com a menina mais doce e abençoada que Deus pode oferecer-lhe.

Não foi gerada dentro de si, mas foi gerada para si. E cuidou e amou essa garotinha como a melhor mãe do mundo que conseguiu ser. Consequentemente, recebeu o amor verdadeiro de uma filha que tanto merecia.

Outra lição que deixou a todos foi que a vida tem que ser vivida com simplicidade e alegria. Não se precisa de muito para se vivenciar bons momentos com os parentes e amigos.

Um bom arrasta-pé já faz a alegria da galera. Deixa a música contagiar o ambiente.

Uma boa e divertida conversa acalmam o coração de qualquer um. Titia era boa de papo.

Um carinho, especialidade de Alina, acalenta qualquer mente inquieta.

Roupa chique, bonita, elegante para quê? Se a pessoa está feliz e confortável com seu festival de cores, isso que importa.

Por fim, Alina ensinou o que muitos catedráticos tanto doutrinam... O bom relacionamento com as pessoas abre portas.

Conversava ora com um, ora com outro. Especulava daqui, esmiuçava dali.

O fato é que sua lista de contatos era gigantesca, o que facilitava ajudar quem a procurasse para indicações de pessoas com interesses semelhantes.

Tia Alina nunca se beneficiou da Internet para isso. Seu “networking” foi construído naturalmente, na base da boa fala persuasiva que tinha.

A alegria da tia do traje florido deveria fazer parte de todas as famílias para que sua história e seus ensinamentos nunca fossem esquecidos.

Feliz do sobrinho que a teve Alina como tia.

Feliz da família que a teve colorindo a vida de todos.

 








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Tem um pedófilo na sua família?



Esta é uma história baseada em fatos reais.

A narrativa de um monstro e o frango caipira.

É sobre ter um pedófilo na própria família.

Não se trata de traumas causados por um pedófilo ao destruir a inocência de uma criança. O foco da narrativa é como age esse tipo de abusador.

Mas o que tem a ver um pedófilo com um frango caipira?

São surpreendentes as artimanhas que um monstro pode usar para conseguir se aproveitar uma criança inocente. Vai lendo...

Josué era um rapaz de hábitos simples, de pouca instrução estudantil. Filho de um casal humilde que cuidava de um sítio no interior de Minas Gerais.

O irmão mais prestativo. O tio mais amável e carismático que adorava brincar com a garotada. E um craque no fogão. Preparava um frango caipira como ninguém.

Ele era “maravilhoso” aos olhos dos adultos da família. O filho, o irmão, o tio que todos querem ter!

Trabalhador assíduo, atuava como vigilante. Sua função era proteger. Pro-te-ger!

Porém, não passava de um desgraçado. Asqueroso. Nojento.

Certa vez, Josué precisou passar uns dias na casa de seu irmão mais velho para cuidar dos seus sobrinhos. Eles moravam em outra cidade e o tio se prontificou a viajar para encontrar-se com as crianças.

Foi quando iniciou o abuso de uma das meninas. 

Na ausência do pai e da mãe das crianças, o tio “perfeito” se aproveitava da inocência de Irene que na época estava com 5 anos.

Dizia com aquela voz mais doce:

- Vem no colo do tio.

- Vem aqui! Deixa o tio te fazer um carinho.

E a criancinha ia. Não tinha noção da maldade. 

Ia porque acreditava que receberia um colo, um carinho.

Mas não.

Disfarçadamente esse verme em forma de ser humano pegava-a no colo e começa a acariciar suas partes íntimas. Apalpava o seu bumbum, tocava a sua vagina.

As outras crianças não percebiam. Não tinham noção de que isso pudesse estar acontecendo com sua irmãzinha.

Irene era forçada a pegar na virilha do imundo. Josué prendia a mão da criança junto ao seu pênis.

A menina começava a chorar. Era a sua única defesa. Só assim para esse detestável largar a ingênua.

Os pais, fora de casa, de nada sabiam. Não suspeitavam de nada.

No dia seguinte era a mesma coisa. O imundo mentia dizendo que não faria nada demais, além de carinho. A inocente sempre acreditava que seria acolhida carinhosamente pelo tio. Mas não.

O único objetivo de Josué era mesmo boliná-la.

Aquele tio que cozinhava bem, que tinha paciência com a molecada...

Anabela, filha de uma das irmãs de Josué, também sofrera nas mãos podres desse tio pedófilo.

Anabela, aos fins de semana, passeava no sítio que seus avós trabalhavam. Josué também se fazia presente. À época, a pequenina tinha apenas 6 anos.

Josué, o fingido, após cozinhar um delicioso frango caipira, se oferecia para passear a cavalo com a Anabela. A mãe da menina autorizava. Não poderia ser diferente, pois se tratava do tio querido por todos.

Pronto! O ambiente perfeito para o espertalhão se aproveitar de mais uma sobrinha.

Ao montarem no mesmo cavalo, Josué colocava Anabela na frente. O nojento ia atrás.

E aquele passeio era traumático para a pequena. Josué ficava à vontade para bolinar a garota.

No próximo final semana era a mesma coisa. Anabela chorava que não queria ir no passeio, mas sua mãe insistia para a menininha subir no cavalo com o padrinho. Pa-dri-nho!!

Foram vários sábados e domingos assim.

Até que Anabela cresceu um pouco mais e contou para sua mãe o que acontecia. A mãe dela, indignada, queria morrer de tristeza. Sentia-se culpada. O pai de Anabela, cunhado de Josué, queria matá-lo.

Deveria ter feito. Deveria ter exterminado esse escroto.

Mas o caso foi abafado. É sempre assim. Todos fingiam que nada acontecia.

Presa ao trauma gerado, pelo menos Anabela estava livre de novas apalpadas de Josué.

A saga de Irene durou mais tempo. Todas as férias, quando visitam os avós e tios paternos, ela tinha que enfrentar a presença asquerosa de Josué.

A menina tinha medo de conversar com o pai sistemático. Não tinha intimidade com a mãe. Nunca contou a eles. Nem a ninguém da família.

Só quando adolescente percebeu o que acontecia de fato e começou a se proteger. A fugir do colinho do titio lobo mau.

Dos 5 aos 14 anos. Tempo suficiente para traumatiza-la pelo resto da vida.

Pedofilia não é só o ato sexual sem consentimento em menores de idade.

Bolinar crianças também é. Também é traumático!

Irene, hoje com mais de 50 anos, ainda tem pesadelos com este assunto. Já fez diversas sessões de terapia. O trauma nunca foi superado. Apenas se aprende a viver com ele.

Poucas são as pessoas que sabem da história de Irene e Anabela.

Muitos parentes nunca souberam das investidas daquele tio “maravilhoso”, que cozinhava bem, que fazia um frango caipira inesquecível, que adorava cuidar das crianças.

É bem verdade que esse monstro fez a mesma coisa com outras meninas da família. Um pedófilo não tem limites. Só encontra oportunidades e nunca deixa de aproveitá-las.

Os pais precisam aprender a conversar com seus filhos. A orientar quanto aos perigos que os próprios parentes podem oferecer.

É tão difícil aceitar este fato.

Todavia, o perigo pode sim estar com as pessoas que têm o mesmo sangue que você.

Um carinho, um colinho, um passeio... o pedófilo sempre procura ficar sozinho com a criança.

No caso deste texto baseado em história real foi com meninas. Entretanto, independe do gênero.

Irene, Anabela e algumas outras primas ficaram traumatizadas pela vida toda.

E o tio pedófilo?

Continua fazendo um delicioso frango caipira.

E a família continua abafando o caso.







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Sobre Mim

Sobre Mim

Escolheria uma magnólia para me representar como flor.
Minha vida é assim...
Sempre demorando a desabrochar...
Mas eu persisto e com paciência sempre alcanço os meus mais simplórios objetivos.

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